Vitinha é uma alcunha que arrasta atrás de si um estigma muito especial.
Sem se perceber bem porquê, esta é uma alcunha que pulula nos bravos plantéis da bola, mas que fora do admirável Mundo da Bola não tem qualquer repercussão. Será que uma pessoa vulgar á qual se atribua o apodo "Vitinha" fica imediatemente com predisposição para o diálogo com a bola? Ou será que um qualquer Vítor que entre para o meio bolístico ganha automaticamente esta alcunha?
Além disso, "Vitinha" traz consigo outra nuance bastante interessante. De todos os gladiadores do relvado com este nome, arrisco a dizer que 98,4% jogam numa divisão secundária no Norte de Portugal. Senão vejamos: podemo-nos lembrar de Vitinhas em bravíssimos clubes como o D. Aves, o FC Marco de Avelino "Alberto João do Rectângulo" F. Torres, o fogoso Feirense, o aguerrido Infesta, o ignorado Arouca, ou mesmo o Sanjoanense de Carlos Secretário.
Podemos facilmente tirar a conclusão que um Vitinha nunca poderá jogar na Superliga ou atravessar o Mondego rumo a Sul. O seu destino está traçado.
Escolhemos este Vitinha por razões óbvias. Basta olhar para ele. A partir deste momento penso que todos poderiamos fazer força para que todos os Vitinhas da bola tivessem esta cara.
Sem tirar nem pôr, cara de Vitinha.
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
sexta-feira, janeiro 28, 2005
sexta-feira, janeiro 14, 2005
The Cannon Foot
Tema abordado de forma recorrente no nosso singelo blog é o do jogador uni-dimensional.
Desde ao clássico "é tosco, mas é bom cabeceador", passando pelo típico trinco raçudo (Olá, Paulinho) até ao polivalente (Então Paulinho, 'tá tudo?), o jogador da bola amiúde chega a um clube já com o destino traçado, qual actor negro num filme de terror de adolescentes.
A versão mais recorrente, e quiçá aquela que pessoalmente prefiro, é a do Pé-Canhão.
Todo o santo clube tem que ter tido, em determinada altura, um jogador deste género, que passa 89 minutos a pastar, e num minuto de rara inspiração Barrosense decide um jogo.
Pois bem, como pelos vistos na bola lusa foi complicado descobrir um jogador de tal ordem (sem desprimor para o pé-canhão do Padroense - um abraço), o nosso Dinda foi convidado a ingressar no rol de clássicos que compõem o Olimpo de Cromos da Bola Lusa.
Tornou-se de imediato o terror dos Wozniaks, dos Luíses Vascos ou Botendes. Através de disparos potentes e mal colocados disfarçou a sua inutilidade em campo durante onze anos na nossa bola. Onze bonitos anos que dividiu entre Paços, Académica, Leiria e Marítimo, sempre no registo de quem imita Luís de Matos ou Houdini durante 89 minutos para do nada aparecer aos 90 a imitar São Isaías e ser o herói da noite.
Com a sua recente debandada para a sua terra natal, a bola lusa ficou mais pobre.
Aproveito só este momento de despedidas solenes para enviar um bem-haja do tamanho da careca de Caccioli para o Argélico Fucks.
Tantas alegrias deste a todos nós que apreciamos as peripécias dos menos dotados em campo. Para sempre no coração do nosso blog. Esperemos que ambos voltem rapidamente.
Bem hajam, Dinda e Argélico. Uma porta estará sempre aberta para vós
terça-feira, janeiro 11, 2005
Tahar, o Khalej
A atracção pela côr vermelha pautou a carreira de Tahar, o Khalej.
O bravo guerreiro marroquino com face de criança imberbe e inocente iniciou a sua demanda por terras que outrora foram pertença do seu povo em 1994/95, quando conquistou a cidade de Leiria de vermelho e branco vestido. Cores essas que curiosamente manteve nos seus dois próximos clubes, Benfica e Southampton, enquanto se degladiava pelas cálidas areias africanas na defesa da camisola da sua selecção, também ela vermelha.
Mas como todos se recordam,a sua atracção pela supracitada côr não ficou nunca por aqui. E sempre foi um jogador inteligente na forma de o explorar: sempre que sentia necessidade de vê-la surgir nas canelas de um adversário, arriscava a que o Sr. Árbitro lhe mostrasse um cartão da mesma côr. O Khalej seguia esta máxima da mesma forma como fazia um cruzamento pela lateral direita: de regra e esquadro.
A bola lusitana não deverá ter memória de jogador tão profícuo a fazer com que o Sr. Árbitro se dirija ao seu bolso do peito. Corriam rumores que os habituais 32 espectadores in-loco dos jogos do União de Leiria tinham individualmente como oferta da direcção uma pastilha tic-tac cada vez que o nosso amigo marroquino não era brindado com um cartão. Eram épocas de rambóia pura. Cedo terminaram, pois o Khalej almejava alinhar ao lado de grandes nomes do futebol europeu. Portanto fez o que todos fazem: Benfica foi o seu destino. Ao lado de craques como Jorge Soares, Akwá, Pringle, Bruno Caires ou Washington Rodriguez, o Sr. Marrocos refinou a vertente mais especial do seu jogo.
Cedo "A Rocha" (como era conhecido por Jorge Soares) começou a ser temida no próprio balneário do clube da ave de rapina pelo seu impeto profissinal nos treinos, o que o levou á sua segunda alcunha, "Gajo Escuro que dá Porrada", atribuida pelo sempre bem-falante Calado, actual motor incansável do sempre querido Poli Ejido. E sobre este estigma se desenrolou toda a estadia de Tahar, o Khalej, na Luz. O possante e polivalente rochedo distribuiu fragrâncias de bem jogar por todo o território luso antes de ir faze-lo para terras de Sua Majestade Gazza. Com a idade não sentiu necessidade de alterar a sua forma de jogar, antes pelo contrário, e este admirador de Tanta e Zé da Rocha foi refinando a sua forma aguerrida de estar em campo.
Eis que surge uma breve homenagem de nossa parte que tão bem sintetiza a carreira deste motor a diesel.
"2002-05-11 20:41:11
A jogar em casa do Southampton, na 38ª e última jornada da Liga inglesa de futebol,
Kieron Dyer lesionou-se após uma entrada duríssima do defesa marroquino,
Tahar El-Khalej, expulso de imediato."
Que Alá esteja contigo, guerreiro de fina estirpe!
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
O bravo guerreiro marroquino com face de criança imberbe e inocente iniciou a sua demanda por terras que outrora foram pertença do seu povo em 1994/95, quando conquistou a cidade de Leiria de vermelho e branco vestido. Cores essas que curiosamente manteve nos seus dois próximos clubes, Benfica e Southampton, enquanto se degladiava pelas cálidas areias africanas na defesa da camisola da sua selecção, também ela vermelha.
Mas como todos se recordam,a sua atracção pela supracitada côr não ficou nunca por aqui. E sempre foi um jogador inteligente na forma de o explorar: sempre que sentia necessidade de vê-la surgir nas canelas de um adversário, arriscava a que o Sr. Árbitro lhe mostrasse um cartão da mesma côr. O Khalej seguia esta máxima da mesma forma como fazia um cruzamento pela lateral direita: de regra e esquadro.
A bola lusitana não deverá ter memória de jogador tão profícuo a fazer com que o Sr. Árbitro se dirija ao seu bolso do peito. Corriam rumores que os habituais 32 espectadores in-loco dos jogos do União de Leiria tinham individualmente como oferta da direcção uma pastilha tic-tac cada vez que o nosso amigo marroquino não era brindado com um cartão. Eram épocas de rambóia pura. Cedo terminaram, pois o Khalej almejava alinhar ao lado de grandes nomes do futebol europeu. Portanto fez o que todos fazem: Benfica foi o seu destino. Ao lado de craques como Jorge Soares, Akwá, Pringle, Bruno Caires ou Washington Rodriguez, o Sr. Marrocos refinou a vertente mais especial do seu jogo.
Cedo "A Rocha" (como era conhecido por Jorge Soares) começou a ser temida no próprio balneário do clube da ave de rapina pelo seu impeto profissinal nos treinos, o que o levou á sua segunda alcunha, "Gajo Escuro que dá Porrada", atribuida pelo sempre bem-falante Calado, actual motor incansável do sempre querido Poli Ejido. E sobre este estigma se desenrolou toda a estadia de Tahar, o Khalej, na Luz. O possante e polivalente rochedo distribuiu fragrâncias de bem jogar por todo o território luso antes de ir faze-lo para terras de Sua Majestade Gazza. Com a idade não sentiu necessidade de alterar a sua forma de jogar, antes pelo contrário, e este admirador de Tanta e Zé da Rocha foi refinando a sua forma aguerrida de estar em campo.
Eis que surge uma breve homenagem de nossa parte que tão bem sintetiza a carreira deste motor a diesel.
"2002-05-11 20:41:11
A jogar em casa do Southampton, na 38ª e última jornada da Liga inglesa de futebol,
Kieron Dyer lesionou-se após uma entrada duríssima do defesa marroquino,
Tahar El-Khalej, expulso de imediato."
Que Alá esteja contigo, guerreiro de fina estirpe!
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
Epa os dérbies fazem-me azia
Então tomo um konpensan ou uma rennie. Mas depois volto ao jogo e nem 5 minutos passaram... e aparece MANTORRAS! O PATORRAS! Desculpem lá, mas querem maior cromo da bola?? O miúdo é o novo Eusébio pá! Eu sei que é cedo pa falar nele - tendo em conta que, neste momento, ele pode estar entre os 23 e os 40 anos que ninguém sabe ao certo... mas pronto, chamam-no miudo à mesma - cedo por só ter 4 anos de águia ao peito, cedo por, desses quatro anos, 2 e meio foram passados... no estaleiro, e cedo porque, muito francamente, são precisos MUUUUUUUUITOS jogos da superliga nas pernas e MUUUUITA asneira (ou um bom bigode ou um grande nome ou até nenhum jogo mesmo, também não somos assim tão exigentes...) para entrar nos nossos quadros.
Pedro Patorras que não era convocado para um jogo desde Dezembro de... 2002, entra por mérito próprio nos planos do nosso cromos FC, SAD. Mas não por culpa própria. Nem por palavras ditas (mas não pensadas antes de sairem da boca, como certos exemplares cada vez mais raros do nosso burgo), nem por centros teleguiados para o 3º anel, como muito e bom lateral que nos anima os corações - quando joga pelo adversário - e alegra a populaça que não tem dinheiro pa comprar bilhetes na bancada mais abaixo e ganha umas bolas de graça por jogo, mas por ter dado o nome a uma finta! Sim meus senhores, ele está ao nivel de uma virgula de Ronaldo, de um cabrito de Pelé, de um 360 de Zidane, das fintas de corpo de Figo ou de velocidade de Roberto Carlos e Henry, da mudança de velocidade de Stanley Matthews - para acabar em beleza nada como pôr um perfeito desconhecido para parecer que sabemos mais do que vocês... e sabemos -; Patorras tem a famosa, a única, a indescritivel e estonteante "Agarra Ladrão". Querem cromo maior do que um verdadeiro "Agarra Ladrão!" a plenos pulmões num Benfica-Castêlo da Maia ou nesse verdadeiro clássico que é o Angola-Moçambique? I think not...
Pedro Patorras que não era convocado para um jogo desde Dezembro de... 2002, entra por mérito próprio nos planos do nosso cromos FC, SAD. Mas não por culpa própria. Nem por palavras ditas (mas não pensadas antes de sairem da boca, como certos exemplares cada vez mais raros do nosso burgo), nem por centros teleguiados para o 3º anel, como muito e bom lateral que nos anima os corações - quando joga pelo adversário - e alegra a populaça que não tem dinheiro pa comprar bilhetes na bancada mais abaixo e ganha umas bolas de graça por jogo, mas por ter dado o nome a uma finta! Sim meus senhores, ele está ao nivel de uma virgula de Ronaldo, de um cabrito de Pelé, de um 360 de Zidane, das fintas de corpo de Figo ou de velocidade de Roberto Carlos e Henry, da mudança de velocidade de Stanley Matthews - para acabar em beleza nada como pôr um perfeito desconhecido para parecer que sabemos mais do que vocês... e sabemos -; Patorras tem a famosa, a única, a indescritivel e estonteante "Agarra Ladrão". Querem cromo maior do que um verdadeiro "Agarra Ladrão!" a plenos pulmões num Benfica-Castêlo da Maia ou nesse verdadeiro clássico que é o Angola-Moçambique? I think not...
quarta-feira, janeiro 05, 2005
Duas Lanças de África
Poderia facilmente ser a dupla dinâmica de um Petro de Angola, um Kaizer Chiefs, ou mesmo um Orlando Pirates ou o grande Jomo Cosmos. Mas não! Não se trata de um clube do continente africano, apenas e só o feudo de António Oliveira, Penafiel.
Estas duas jovens gazelas desse continente irmão não eram apenas reconhecidas por esse feito, pois tiveram ambos uma carreira ímpar em terras lusas. Senão vejamos: Sidico Queta, um grande nome do futebol guineense, teve o privilégio de jogar ao lado de grandes nomes como Crodonilson da Silva (ex-Moreirense), Mamadu Djaló e o enorme José Forbs na sua Selecção de Todos Eles. E por terras de Gabriel Alves (essa do Camões já está gasta) teve o privilégio em coincidir com clássicos da bolas como Bebiano Bio, que aliás fez o mesmo trajecto que o velocíssimo Sidico, um belo dum Viseu - Penafiel.
N'Goma, por sua vez...OK, não fez nada por aí além, mas antes mencionar o seu belo nome que estar calado.
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
Estas duas jovens gazelas desse continente irmão não eram apenas reconhecidas por esse feito, pois tiveram ambos uma carreira ímpar em terras lusas. Senão vejamos: Sidico Queta, um grande nome do futebol guineense, teve o privilégio de jogar ao lado de grandes nomes como Crodonilson da Silva (ex-Moreirense), Mamadu Djaló e o enorme José Forbs na sua Selecção de Todos Eles. E por terras de Gabriel Alves (essa do Camões já está gasta) teve o privilégio em coincidir com clássicos da bolas como Bebiano Bio, que aliás fez o mesmo trajecto que o velocíssimo Sidico, um belo dum Viseu - Penafiel.
N'Goma, por sua vez...OK, não fez nada por aí além, mas antes mencionar o seu belo nome que estar calado.
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
terça-feira, janeiro 04, 2005
Somos o Rui Costa dos Blogs. D. Sebastiões.
Saudinha.
Folgamos em estar de regresso a este espaço que glorifica o desporto nacional na blogosfera.
Devido a questões de saúde e de logística, o nosso amado porém humilde blog esteve parado bastante tempo, qual Niculae, Mantorras ou Mielcarsky.
Mas como quem está vivo sempre aparece (ou quase...Peixe?Gil?Toni?), o Cromos da Bola, SAD regressa aos espinhosos campos das memórias, da maledicência e do verdadeirismo. E com um novo look, rivalizando com o caro Simulão Sabrosa.
Um grande bem haja para todos, e continuem a votar na nossa Poll, que está no mesmo sítio onde a deixamos durante o Tempo das Trevas.
Folgamos em estar de regresso a este espaço que glorifica o desporto nacional na blogosfera.
Devido a questões de saúde e de logística, o nosso amado porém humilde blog esteve parado bastante tempo, qual Niculae, Mantorras ou Mielcarsky.
Mas como quem está vivo sempre aparece (ou quase...Peixe?Gil?Toni?), o Cromos da Bola, SAD regressa aos espinhosos campos das memórias, da maledicência e do verdadeirismo. E com um novo look, rivalizando com o caro Simulão Sabrosa.
Um grande bem haja para todos, e continuem a votar na nossa Poll, que está no mesmo sítio onde a deixamos durante o Tempo das Trevas.
segunda-feira, janeiro 03, 2005
MARTELINHO.. E O SÃO JOÃO NUNCA MAIS FOI O MESMO.
Com Martelinho, as palavras Ferramenta e Fato Macaco fazem mais sentido no Futebol Português. Esta cara, estes cabelos ao vento em Vila das Aves, fez voar definitivamente Martelinho para a glória.
O novo-velho moderno extremo português! As suas arrancadas, golos decisivos garra evidenciada mostram que um Martelo pode construir mesmo muito quando quer. E fartou-e também de bater nas cabeças dos defesas esquerdos, que se cruzaram com ele.. Martelinho , em curva descendente da carreira, dedica-se agora a tentar cobrir a careca, depois deste cabelinho tão saudável que detinha no início da carreira.. Será que foi Jaime Pachecão aprovocar a queda do dito membro capiloso? Será que João V. Pinto os arrancou à força, queendo mostrar que para curva decrescente já bastava ele?
A pergunta fica no ar.. Martelinho, a maior ferramenta alguma vez usada para abrir defesas..
CHIQUINHO , O GRANDE RESISTENTE!!
Chiquinho Carlos, o MAIOR BIGODE EM ACÇÃO!! O IMORTAAAAL!!!
Jà alvo de um Post há umas semanas atrás, Chiquinho volta a ser notícia..
Este carismático jogador, que já passou por grandes clubes como Benfica, Setúbal, Guimarães, Braga.. Ac. Viseu, Mafra e Atlético.. ainda joga! na II Divisão DIstrital de AF Lisboa, num clube da zona de Mafra : "Igreja Nova". E a posição em que joga é nada mais nada menos que Líbero!! Chiquinho, um bem-haja (como diz o meu colega Fitzx) pela tua saúde, disposição e exemplo! Esperamos ver-te ainda em grandes palcos.
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